Estou mudando. Aos poucos,
devagar e sempre. Estou mudando. Já não sou mais quem eu era meses atrás.
Consigo enxergar os vários ciclos pelos quais já passei e, principalmente, já
encerrei. Eu sou outra.
Os vinte e poucos anos vieram com
muito aprendizado e autoconhecimento. Obviamente, ainda não estou pronta. Nem
sei se estarei totalmente pronta um dia (e nem sei se isso seria saudável), mas
eu sei que estou evoluindo.
A vida adulta na classe média
baixa – e em tempos de internet e redes sociais – pode ser bem mais melancólica
e solitária do que parece. A pressão implícita pra ser bem sucedida, viajar
para o exterior, morar sozinha, entre outras coisas, tudo antes dos 25 anos
está sempre ali, te lembrando de quão merda é a sua vida.
Mas, por outo lado, só quem sabe
100% da minha vida sou eu. Só eu sei tudo o que passei, as inseguranças que eu
tenho, os obstáculos que ultrapassei e as vitórias que tive. Só eu conheço meus
desejos e sonhos, e minhas muitas falhas.
Por isso, quem tem o direito de
me julgar? Quem tem o poder de falar da minha vida? Às vezes as pessoas querem
até ajudar dando milhões de conselhos bacanas sobre o que eu devo ou não devo
fazer sobre o trabalho, sobre meu corpo, sobre os amigos e amores.
Mas, sabe, às vezes a minha
vontade de ficar em casa sozinha de pijama e cheia de livros é uma fase pela
qual preciso passar. Um ciclo, uma etapa, que assim como as outras, vai começar
e terminar. E aí eu serei outra novamente, com novas ideias, novos gostos e
novas percepções.
Hoje tenho certeza que todos os
passos que tenho dado fazem parte do meu caminho. Meu, e de mais ninguém.
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