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sábado, 23 de setembro de 2017

A data


Hoje era pra ser um dia especial.
Na verdade, hoje é um dia especial. Esse dia foi muito amado, sonhado e aguardado. Cada detalhe desenhado mentalmente.
Alguns foram, outros vieram, mas a data permanecia ali... A minha data, o meu 23/09/2017.
E ele chegou, é hoje... Não consigo acreditar.
De repente todos os planos são destruídos e só sobra o grande vazio interior de não ter mais plano algum, não ter mais planos pra fazer nem sonhos pra sonhar.
O mais engraçado é que parece que o destino brinca mesmo com a gente... Hoje eu vou me arrumar, vou estar na igreja, mas o meu vestido é azul e ninguém vai estar me esperando.
E eu sinto sua falta. Não de “você, fulano ou beltrano”, eu sinto falta de “você, amor”.
Sinto falta de amar e ser amada, de ouvir uma música e achar que o compositor conhecia nossa história, de mandar uma mensagem pra dizer qualquer coisa, ou de receber um simples “cheguei em casa e estou bem”.
Amor, volta logo. Venha em forma de alguém novo ou de alguém antigo, venha com cavalo branco ou cheio de defeitos, mas apareça.
Eu quero te cuidar e te fazer cafuné. Quero fazer planos e construir sonhos, quero deitar ao seu lado em silêncio sem problema algum.
Amor, apareça. Cansei de me sentir sozinha e não ter com quem conversar as coisas mais simples e as mais complexas.
Quero falar de mim, de você e sobre a próxima temporada daquela série do Netflix.
Amor, fica. Não vai embora dessa vez e escolha permanecer comigo nos dias bons e nos ruins também.
Eu não ligo de discutir no meio da loja de departamento pra escolher a cor das nossas canecas.

Vem, amor, tô te esperando. Te aguardo ansiosamente, assim como o próximo dia 23.

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